Os primeiros párocos: O paroquiato do Monsenhor Gerson Nunes Freire (1948-1969).

domingo, 16 de novembro de 2008

No dia 02/05/1948 assume o pastoreio da paróquia o Cônego Gerson Nunes Freire e seu coadjuntor Pe. José de Ribamar Carvalho, sem nenhuma pompa, como assim desejaram. Quem deu a posse foi o Pe. Tiago Van Ryn. Monsenhor Gerson também cuidou da paróquia de São Luis Gonzaga até abril de 1954.

Ao assumir deixou a paróquia nas mãos do Pe. Ribamar para percorrer toda vasta paróquia.

No seu paroquiato começa a erguer-se a infra-estrutura patrimonial da Paróquia: A Casa Paroquial (casa do Pe. Cincinato que funcionou até 1985 quando foi demolida); o Ateneu Pedreirense (onde hoje é o Centro Comunitário Paulo VI); e a Voz do Mearim.

Em 1949 aconteceu as Santas Missões organizadas pelos padres redentoristas que deixou como marco a “Liga Jesus, Maria e José”. Continuaram-se os festejos e criou-se o “Cine Mearim” que funcionava como fonte de educação no Ateneu Pedreirense.

Entre 1951 e 1969 temos o período infelizmente menos documentado da paróquia onde consta o trabalho de vários padres coadjuntores com Monsenhor Gerson. Podemos citar:

- Pe. Benedito Alves Cutrim (1951-1954)

- Pe. Antônio William Fontoura Chaves (1954-1957)

- Pe. Wilson Nunes Cordeiro (1957-1960)

- Pe. Francisco Carneiro Soares (1960-1962)

- Pe. Luis Mario Lula (1962-1965)

Em 1951 uma intensa seca atingiu a região e a pedido dos fiéis, Mons. Gerson organizou uma enorme procissão penitencial pedindo chuva. Em 24 de fevereiro a procissão saiu às 6 da manhã, percorreu todas as ruas da cidade e terminou às 14:00 debaixo de chuvisco.

Em 24/05/1951 morreu o Arcebispo D. Adalberto Sobral e a 03/02/1952 tomou posse D. José de Medeiros Delgado.

Em 1953 é adquirida uma casa na praça do mercado, vulgarmente conhecida como merendinha, onde hoje é o Armarinho São Benedito.

Entre 01 e 16/06 e 13 e 19/10/1953 a paróquia recebe visitas de D. José Delgado que fez viagens por cidades da região. Em Pedreiras ele organizou a Cooperativa Mista Agropecuária que ficou sob controle de Mons. Gerson e que desempenhou bons trabalhos chamando atenção para o cooperativismo. Também estimulou o povoamento dos arredores de Marianópolis, organização que rendeu bons frutos embora não tivesse total êxito.

Em 1953 ainda deu a visita da imagem peregrina de N. Sra. de Fátima que passou apenas 2 horas na paróquia, em missa celebrada no patamar debaixo de chuva.

Na pessoa do vigário, a paróquia assumiu a direção do “Ginásio Correa de Araújo”, com o objetivo de “dirigir cristamente a juventude”.

Outra visita de D. José Delgado deu-se em 1955 por ocasião do término dos detalhes da Matriz de São Benedito.

Nessa época foi construída também a igreja de N. Sra. de Fátima na Tresidela e de N. Sra. das Graças no Engenho.

Ocorreram as “Semanas Ruralistas” com a criação da JAC (Juventude Agrária Católica), as “Semanas Catequéticas”, já sob uma ar conciliar do Vaticano II, a fundação da Legião de Maria e a aquisição de uma casa na R. Crescêncio Raposo conhecida como Patronato S. Benedito.

Em 19/03/1963 é desmembrada da Paróquia de São Benedito, a paróquia de Santo Antônio de Pádua que ficou com o território a esquerda do Rio Mearim e teve como seu primeiro pároco o Frei Raimundo Valle.

Conhecido pelo seu jeito duro e rígido, Mons. Gerson chegou a receber ordem de prisão em 07/04/1964. Abrigado na casa paróquial e protegido por vários fiéis que guardavam a casa, chegou a afirmar que só sairia dali morto. O episódio terminou sem que nada lhe acontecesse.

Em 27/05/1963, o Pe. Luis Mário Lula cria o CRESMAM (Centro de Recuperação Santa Maria Madalena) que visa tirar mulheres da prostituição.

Em 01/11/1968 é criada a diocese de Bacabal, do qual Pedreiras passa a fazer parte. A primeira visita do primeiro bispo de Bacabal, D. Pascásio Rettler acontece entre 09 e 10/11/1968.

Em 1969, apesar da insistência do bispo diocesano, Monsenhor Gerson pediu aposentadoria por achar que não acompanharia a paróquia na renovação imposta pelo Concílio Vaticano II. Em sua despedida, Mons. Gerson escreveu no livro tombo que deixaria a paróquia “livre de uma sexagenário desatualizado”.